Superando a dor do luto

Associamos o luto, frequentemente, com a morte, a perda de um familiar. No entanto, o luto também pode se manifestar com o término de um relacionamento, a perda de um membro do corpo, diagnósticos de doença ou em outros casos. Mas, afinal, o que é o luto? O luto é caracterizado como um conjunto de reações provocadas pelo interrompimento de um laço significativo na vida da pessoa. 

A dor do luto pode causar sintomas físicos como irritação, tremores frequentes, problemas gástricos, dentre outros. Assim como sintomas físicos, durante a fase do luto, é muito comum que a saúde emocional da pessoa enlutada seja afetada por causas óbvias. Dentre os sintomas, é possível sentir culpa, desamparo, medo, agitação, solidão, depressão entre outros sintomas. É sempre importante que o enlutado tenha uma rede de apoio que consiga identificar todas as manifestações que o luto pode causar. A assistência e o carinho de familiares próximos e principalmente de um especialista são fundamentais para preservar a saúde física e mental de quem está passando pela dor do luto. 

No texto de hoje, vamos falar sobre como superar a dor do luto e principalmente quais soluções procurar para passar por este momento da melhor forma possível. Fique com a gente!

Procure ajuda!

O primeiro passo para superar a dor do luto é procurar ajuda. Quando estamos passando por este momento a tendência é nos fecharmos ao máximo para vivenciarmos toda a dor sozinhos. No entanto, recebermos apoio e carinho é fundamental para passarmos por este momento da melhor forma. Sabemos que não é fácil, mas se você está passando pela dor do luto, tente se cercar de pessoas que acolham a sua dor e conseguirão te ajudar.

Ter uma rede de apoio é fundamental para te ajudar a identificar quando o seu sofrimento se torna cada vez mais intenso, impedindo que você consiga manter suas atividades de rotina, impactando na sua vida profissional e pessoal. Também se atente aos sinais de quem está a sua volta, principalmente quando elas sinalizam que estão preocupadas com a sua saúde física e mental.

Acolha suas emoções

Ao passarmos pelo luto, principalmente quando perdemos um familiar, ouvimos repetidas vezes a frase: “você precisa ser forte”, “seja forte pela sua família”, “seja forte”.

O peso que essa fala coloca em nossos ombros é muito grande, principalmente quando tudo ainda é muito recente. Neste momento, só precisamos respeitar as nossas próprias emoções. Chore quando sentir vontade, exponha as suas dores e se permita vivenciar todo o processo. Isso não significa se entregar à dor, sim, viver todas essas emoções, que não são fáceis, sem reprimir todos os sentimentos.

Nunca se esqueça de não cobrar dos seus familiares e nem de você atitudes de conforto nesse momento que cada pessoa reage de uma forma. Alguns expressam suas emoções, outros preferem se fechar, mas com certeza se importam com o que está acontecendo. 

Sempre se lembre de que o luto precisa ser vivido, e para cada um, ele dura um período, com o tempo toda essa dor se torna saudade.

Ressignifique as lembranças

As memórias que ficam são sempre avassaladoras nos primeiros momentos. O cheiro de um familiar que faleceu, as lembranças de um relacionamento que não existe mais, o membro do corpo que precisou ser amputado, dentre vários outros casos que despertam sentimentos que a dor do luto gera. Como já falamos antes, viver a dor da perda é importante para conseguirmos associar tudo o que está acontecendo, mas, aos poucos, começar a ressignificar cada lembrança é fundamental para vencer todas essas dores.

Transforme o cheiro em uma memória boa, tente não associar aos momentos de dor e sofrimento. Quando terminamos um relacionamento, pode ser ainda mais difícil ressignificar um restaurante, a comida favorita e, é claro, as famosas músicas românticas, mas se dê a oportunidade de transformar todos esses momentos em algo positivo. Não precisa se forçar a esquecer tudo o que foi vivido, mas mudar o foco das suas emoções de algo negativo para momentos bons que você viveu.

Sabemos que não é um exercício fácil, mas você, nosso leitor ou leitora querida, é capaz de olhar para frente e construir um futuro cheio de coisas boas, do jeitinho que você merece. Não se preocupe em conquistar tudo isso de uma só vez, dê tempo para tudo o que tem acontecido se assentar aí dentro de você, cada um tem o seu próprio processo de ressignificação, não se compare. Nunca se esqueça de que procurar a ajuda de um especialista é sempre muito importante.

Não sinta culpa!

O sentimento de culpa pode se tornar um dos grandes obstáculos para a cura da dor do luto. Nos sentimos culpados por pensarmos que poderíamos ter feito algo diferente, pensamos em inúmeras possibilidades de como reverter o término de um relacionamento, o que deixamos ou não de fazer pelo familiar que faleceu, no fim, nos culpamos e sem dó alguma. É normal nos sentirmos culpados mediante a esses acontecimentos, mas o sentimento de culpa é uma resposta natural e inevitável quando perdemos algo ou alguém.

A culpa também pode surgir quando começamos a desapegar de memórias e até mesmo de itens pessoais. Quando se sentir assim, lembre-se: DESAPEGAR NÃO É ESQUECER. Os seus novos hábitos, amigos, emprego, paixões não são um reflexo de ingratidão ou indiferença a tudo o que aconteceu, é só você reestruturando a sua vida, após passar por momentos muito difíceis. Só quem já sentiu a dor da perda sabe o quanto o breu da ausência dói, por isso, não sinta culpa por dar o seu melhor para se recuperar. 

Cuide da sua saúde! 

Cuidar da sua saúde física e mental é o mais importante para se restabelecer. É durante o breu da ausência que esquecemos quem somos, assumimos inúmeras culpas que criamos na nossa cabeça e desistimos de nós mesmos. Ganhamos ou perdemos peso por conta da má alimentação, nos fechamos num quarto escuro e por vezes a tristeza começa a se tornar um hábito em nossa rotina. No fim do dia, quando porventura olhamos o nosso reflexo, nos deparamos com alguém que não reconhecemos.

Tente, aos poucos, abrir espaço para uma rotina de autocuidado. Não precisa começar voltando para a academia, vestindo uma “máscara de alegria pura”, vá no seu tempo e se respeite, mas cuide de você e da sua saúde. Atente-se aos sinais que o seu próprio corpo vai te dar, como:

  • Alteração do sono;
  • irritabilidade;
  • Dor de cabeça;
  • Baixa energia;
  • Fadiga;
  • conflitos internos;
  • Insegurança;
  • Dor no estômago; 
  • falta de apetite;
  • Náusea;
  • Dentre outros sintomas.

Cercar-se de pessoas que te fazem se sentir bem é sempre importante para te ajudar a identificar quando sintomas mais graves começam a surgir, tornando necessário a ajuda de um especialista.

Como você enxerga a vida?

Quando ainda somos crianças, já temos a nossa vida desenhada: crescer, estudar, casar, amadurecer e morrer. No entanto, a vida não é linear como nos contos de fadas, muito menos precisa seguir um cronograma que não traz felicidade para todo mundo. Alguns preferem não casar, outros querem casar, enfim, cada um vai construindo o seu plano de vida conforme vai se permitindo viver. Aliás, a palavra plano nos coloca numa bolha que não estouramos por medo do que pode acontecer. E aí vem o inesperado: o rompimento de um laço que não estava em nossos planos. Essa quebra de expectativas nos deixa de frente com uma ausência doída, parece que nunca conseguiremos sair deste estado.

É nesse momento que entendemos que a morte ou qualquer outra quebra de laço pode surgir em qualquer hora, qualquer momento, em todas as fases da nossa vida. Daí, percebemos que o único plano que faz sentido em toda a nossa existência é o VIVER. Por vezes, o nosso coração bate, mas não nos sentimos vivos, pertencentes ao ambiente em que estamos. Esse sentimento nos faz enxergar tudo superficialmente, nada tem valor, as cores perdem o brilho e só almejamos o que nos foi ensinado desde crianças: cresça, case, construa, envelheça e morra. Aproveite o agora, vista-se de você mesmo, torne real cada contato e comece a se conhecer, entender como suas emoções funcionam para buscar de fato o que você quer para a sua vida. 

A partir de toda essa reflexão e um longo trabalho de autoconhecimento, começamos a aceitar que a transitoriedade em nossas vidas é natural, nunca está em nossos planos, mas sempre acontece e acontecerá em quaisquer circunstâncias. Assim, por mais que a aceitação ainda seja difícil, passamos a sentir o luto com mais naturalidade, mesmo doendo, aceitamos sem culpa e descansamos nosso coração em gratidão.

Chegamos ao fim de mais um post

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SAF Comunicação
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